O passarinho e o aro
Esses dias li num site que a prática de se desfazer de um objeto por dia gera um tremendo bem-estar.
Vivo numa chácara. Além da casa onde moramos há uma segunda casa, que batizamos como “A casa 2”. As janelas não contêm vidros, e por isso não foi possível transformá-la numa casa de hóspedes. (Poderíamos ter colocado vidros na janela, mas não colocamos). Ela virou uma casa de despejo. Não um quartinho, mas uma casa inteira. É um perigo.
Eu não me considero uma acumuladora. Acho que sou bem sensata, perto do que vejo em outras casas, mas mesmo assim, de tanto em tanto eu me assusto com a quantidade de objetos que entraram em casa sem que eu tenha me dado conta. Então resolvi adotar a prática de me desfazer de um objeto por dia.
Nem precisei ir longe. O primeiro está bem aqui ao lado do meu teclado: um anel quebrado.
Ganhei da minha amiga Tatiana Paiva, que na semana passada se tornou mãe. Madalena é o nome do bebê. Tati é uma das minhas amigas mais antigas. Esse anel é a cara dela. Ela é dessas pessoas naturalmente elegantes. Ela pode vestir uma calça jeans e camiseta, e estará elegante. Além disso, sempre foi madura e sensata, desde os 19 anos. Ariana. Tem uma energia admirável e é muito competente em tudo que faz. Já trabalhamos juntas. Éramos uma ótima dupla. Por esses motivos o anel, mesmo quebrado, está ao lado do meu teclado, sem que eu consiga tomar uma providência a respeito. Não tenho coragem de jogá-lo no lixo. Também não guardei numa caixinha justamente por não querer guardar objetos que já perderam sua função. Então o que eu faço? Escrevi esse post a respeito. Pelo menos agora o assunto veio à tona.
…
Depois que escrevei os parágrafos acima esperei duas horas, enquanto trabalhava em outras coisas. No fim consegui jogar fora apenas o anel. Guardarei o passarinho na minha Caixa de Objetos Para a Parede da Eternidade. Amanhã explico o que é isso. Se estou me sentindo melhor? Sim. Principalmente porque assim também acabei encontrando um movo mote para esse cantinho aqui.
1 comentário. Aleluia!
Olá Índigo meu nome é Fael e estudo na escola Anjo da Guarda de Curitiba.
Há pouco tempo li seu livro “A Saga Animal” e achei muito legal.
Agora li essa sua postagem e concordo plenamente que deve-se desapegar-se de coisas que não se usam mais.Em breve pretendo ler a continuação de “A Saga Animal” o livro “O Cão Descontrolado”.Espero que continue fazendo bons livros.
Ass : Fael