O boi
Em Buenos Aires descobri que, na essência, sou vegetariana. No meu dia a dia, quase nunca como carne vermelha. Nem frango eu como. Aqui em casa só fazemos peixe e carne de soja. Mas sempre tem uma exceção, e por isso não posso dizer que sou uma vegetariana com todas as letras. Seguindo essa lógica, em Buenos Aires resolvi comer um bife semivivo. Ele até pulsava no prato. Depois passei o restante da temporada embriagada, com a impressão de que estava acompanhada o tempo todo. Eu e o boi ao meu lado. Claro, foi ótimo ter a companhia do boi. A minha palestra foi bem vigorosa. Bois nos dão essa firmeza. Dentro das circunstâncias, fez sentido.
Mas ontem eu voltei para os legumes cozidos. Uma cenourinha, ervilhas verdinhas, batatas amigas e um chuchu serelepe. Eles, sim, são a minha essência. Essa coisa prosaica, rural, cotidiana e banal, que pode não ser um sucesso de audiência, mas não prejudica ninguém.
2 comentários
Oi! Sou eu de novo! Desculpa ter ficado tanto tempo sem aparecer aqui no seu blog, mas voltei e estou tentando recuperar o tempo perdido. Eu tmb tenho essr problema de ter alma vegetariana mas acabar comendo carne por causafamília. Sou seu fã! !!!
Oi, Kaio! Que legal que você voltou. Boa leitura ; ) beijoca, Índigo