Netuno dá uma mãozinha
Para você que chegou agora: desde o comecinho de janeiro estou reproduzindo (em formato de prosa) “Metamorfoses” do poeta Ovídio, acrescentando meus pitacos. Em itálico, as palavras originais. Abaixo, meus comentários.
E a fúria de Júpiter, incontrolável pelo seu próprio senhor, recebeu a ajuda do irmão das profundezas azuis. Netuno chamou todos os seus rios, e lhes disse que perdessem sua violência, abrissem suas comportas, decantassem o aguaceiro, e deixassem as águas correrem livres como sempre haviam feito. E eles o obedeceram. Seu tridente golpeou a terra estremecida. Abriu-se o espaço para as águas fluírem. Os rios caudalosos cobriram as grandes planícies. Não apenas as orquídeas foram varridas dali, não apenas os grãos e o gado, não apenas os homens e as casas, mas também altares, templos e santuários com seus fogos sagrados. Se alguma construção insistia em se manter de pé, as águas a engolfavam até chegar ao teto, deixando suas torres debaixo d’água, e a terra e o oceano ficaram iguais. Tudo era apenas mar, um mar sem a linha da praia.
Netuno em versão original, acompanhado de seus ajudantes.Netuno numa versão mais Disney, bem mais bombado, bravo e independente. Ele já não precisa daquele bando de ajudantes, com anjinhos voando ao redor.
Netuno versão emo, de saiote verde e tatuagem. Sem comentários.
Netuno como abre-alas da Beija-flor de Nilópois.