Entrevista com Índigo sobre Marcondes, o rinoceronte
Reportagem: Como foi a experiência de criar um personagem com índole, corpo e mentalidade de rinoceronte?
Índigo: Foi um grande aprendizado, no sentido que senti uma tremenda identificação com Marcondes. Sim, ele é um rinoceronte, mas quem não é? Ele foi inspirado em aspectos da minha personalidade.
Reportagem: Quais aspectos?
Índigo: Aqueles aspectos mais brutos e visserais, nas minhas crises de mau humor, na minha preguiça de interagir com gente, na minha vontade de me enfiar dentro de um buraco. Nesse sentido, Marcondes poderia ser um avestruz também.
Reportagem: Mas ao final do livro ele…
Índigo: Não! Por favor, sem spoilers.
Reportagem: Ok, desculpa. Você tem algum animal de poder, Índigo?
Índigo: Sim, a formiga. Por ela ser delicada e imbatível; persistente e diligente. As formigas são extremamente organizadas e trabalham coletivamente. Elas são uma prova viva de que unidas, somos mais fortes. Elas também me ensinam muito sobre paciência e constância. Gosto da expressão “trabalho de formiguinha” porque é assim que eu funciono também.
Reportagem: Você já teve algum encontro com um rinoceronte de verdade?
Índigo: Infelizmente, não. Mas eu gostaria. Acho espantoso pensar que mesmo em 2020, com toda essa tecnologia, ainda nascam rinocerontes no mundo, com aquele aspecto pré-histórico, com armadura e chifres, enquanto todo mundo está no celular. Eu imagino que eles se sintam deslocados.
Reportagem: O que você faria se o seu marido, por exemplo, trouxesse um rinoceronte para a sua casa?
Índigo: Acho que num primeiro momento eu ficaria bem desconcertada, com medo que ele quebrasse minhas coisas. Quanto à questão do mau humor, também ia me incomodar, mas talvez nem tanto. Eu acho que o comportamento folgado, de ficar deitado no sofá o dia todo… isso realmente seria um problema para mim. No fim, acho que eu ia pedir para ele me ajudar com a manutenção do sítio porque tem coisas que não consigo fazer sozinha, como carregar troncos, subir na caixa d’água e limpar o telhado do chalé. Para isso seria ótimo contar com a ajuda de um rinoceronte.
Reportagem: Onde podemos comprar o livro “Rinoceronte Marcondes”?
Índigo: Clicando aqui.
2 comentários
Ao ler a reportagem parece que sua voz ecoava nos meus ouvidos. Como pode ser tão criativa heim menina?
Já estou ansiosa para conhecer esse rinoceronte.
Oi, Tati querida
Gratidão pela visita aqui no meu cantinho. Como vai a vida?
Quero muito que você conheça o Marcondes. Acho que você vai curtir
beijocas,