Começando do começo
No auspicioso dia 21 de dezembro de 2012 eu estava numa canoa, subindo o igarapé Mapiá, pronta para o que der e viesse. Era minha primeira expedição à floresta amazônica. E se uso a palavra “expedição” é porque eu me sentia como uma personagem de Julio Verne. Nessa foto, por exemplo. Eu achava que se eu metesse a mão na água, uma sucuri abocanharia meus dedos, no mínimo. Talvez bem mais que os dedos. Eu estava pronta para acontecimentos extraordinários. Aliás, no fundo da minha alma era o que eu mais queria. Em certo ponto cheguei a meter a mão na água morna e marrom, e hoje, 29 de janeiro de 2013, uso meus dez dedos para teclar essas linhas.
Acontecimentos extraordinários vieram, e eu de fato deixei uma parte da minha pessoa na floresta. Felizmente, não esbarrei em nenhuma sucuri. E a parte que lá deixei não inclui dedos.