CARANGUEJO CASCUDÃO
Era uma vez, numa praia muito distante, há muito, muito tempo atrás, um caranguejo chamado Câmara Cascudo. Mas o apelido era Cascudão.
Cascudão era um cara quieto, calado. Vivia escondido. Isso era muito estranho, pois Cascudão morava na praia mais maravilhosa do planeta Terra. A praia ficava numa ilha afastada. Era super difícil de chegar. Para chegar na ilha do Cascudão, a pessoa tinha de fazer uma viagem de navio!
Mesmo assim, muitas pessoas iam até lá, tiravam mil fotos, faziam poses, gravavam vídeos. O lugar era o xodó dos noivos apaixonados. Cascudão ficava escondido atrás de uma pedra, só observando. Ele achava tudo aquilo ri-dí-cu-lo.
Mas o que ninguém imaginava, era que Cascudão tinha um segredo. Nos dias em que a praia estava vazia, vaziazinha de tudo, Cascudão dava as caras. Ele saía da sua toca e ia para a areia. Ele arrancava sua concha e ficava peladão. Cascudão imitava direitinho os turistas. Pegava seu celular e fazia as poses mais ri-dí-cu-las. Ele se achava super gato. Nesses dias, Cascudão se sentia o caranguejo pop! Ele até cantava um funk que falava dele mesmo. A música era acompanhada de uma dancinha: mãos para cima, dois passinhos para cá, uma paradinha, e dois passinhos lá.
Tudo isso eu vi, e estou aqui para contar. Não tirei fotos, em respeito a Cascudão, mas aprendi a dancinha funk. Mãos para cima, dois passinhos para cá, uma paradinha, e dois passinhos para lá. Dois passinhos para cá, uma paradinha, e dois passinhos para lá. É só começar.
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