A leitura quietinha e o fuzuê
Há dias não consigo parar em casa, escrever, ler e aguar as plantas. Fui pega pelo caos do fim de ano, e minha rotininha sagrada foi para o espaço. Eu me sinto perdida e sem rumo. Ainda no meio de uma ventania.
Até um tempo atrás esse pequeno caos me deixaria zureta. Não mais. Esse ano serviu para que eu aprendesse que, definitivamente, tenho muito pouco controle sobre minha própria vida. Coisas acontecem. Só cabe a mim reagir.
Coisas boas, inclusive. Uma delas foi que a escola João Gueno, de Colombo, da qual venho falando aqui nesse blog desde o começo do ano, acaba de ganhar um prêmio muito importante. Eles foram os grandes vencedores do Prêmio Viva Leitura, 2014 – na categoria Escolas Públicas e Particulares. Agora todos estão em festa por lá. E eu me sinto muito feliz com a premiação. Acompanhei o esforço e dedicação da Professora Erica, desde o comecinho. Depois fui conhecendo outras pessoas da escola, a diretora Melissa, Tati Ferrarini – a pedagoga apaixonada, e vários alunos. Durante todo o ano nós nos correspondemos e trocamos figurinhas. Eu os considerava “a minha escola de Colombo”. E agora, de repente, deixam de ser a minha escola e ganham destaque nacional. Viraram referência de como se desenvolve trabalhos de leitura em sala de aula.
Isso, de alguma maneira, é como a leitura em si funciona. Uma atividade tão íntima e silenciosa, quase secreta, que de repente explode e causa um fuzuê. Estou no meio do fuzuê, em contagem regressiva para a virada do ano. Mas sei que em poucos dias todos se acalmarão e eu poderei retomar minha rotina serena de leitura, escrita, e jardim. Até o próximo fuzuê, é claro.
6 comentários
A palavra é bem essa: “fuzuê”. Quando imaginávamos que nosso trabalho de formiguinhas iria tomar proporções nacionais?
Agora vamos tentar se acalmar, curtir a conquista e repor as energias, porque a expectativa é o encontro com os alunos na volta as aulas para fazer um novo “fuzuê”! Não pense que você irá escapar!!! bjs
Eba!!! Estou contando com isso. Tb nunca nem sonhei com esses desdobramentos maravilhosos. Tô besta até agora. E vamos ao fuzuê!!! bjo
É isso mesmo Érica, a Índigo não vai escapar pois não vamos deixar. Imagina nosso fuzuê sem ela???? Seria sem graça, pois a Índigo já é parte de nós, parte dos nossos sonhos, parte de nossa escola, parte viva deste projeto que é apaixonante. Vivaleitura!!!!!!!
Viva!!!
Estou eu aqui em Londrina com muita chuva, uma total melancolia por estar longe das pessoas que amo e sempre estiveram comigo…..choro, choro muito. Penso: Vou entrar no blog da Índigo para ler suas aventuras…..leio “A leitura quietinha e o fuzuê”…..caramba não dá….choro ainda mais. Puxa vida, sem palavras . Índigo vc é realmente uma estrela linda e muito iluminada. Seus livros, seus contos, suas palavras são companheiros de estrada. Sei que sempre contarei com seus livros e seus contos onde quer que eu vá. Fiquei TÃO, mais TÃO feliz em ver que vc lembrou da Tati apaixonada, essa pedagoga perdida de Colombo. Obrigada por esta alegria num momento difícil da minha vida. Despedida não é fácil, mais é necessária para que possamos crescer e aprender ainda mais. Isso já esta virando o Diário da Tati kkkkkkkkk deixa eu fazer a jantar que todo mundo esta com fome nesta chuva. Força na peruca e que o fuzuê de fim de ano termine logo para começar um novo fuzuê de inicio de ano. Tudo de lindo é o que desejo para vc!
Oi, Tati. Andei sumida, mas agora voltei em ritmo 2015! Eu tb fico MUITO feliz por saber que nosso trabalho deu um resultado maravilhoso. Que gostoso colher esses presentes do universo. Que parceria boa a nossa. Que em 2015 a gente consiga plantar novas sementes. beijo e saudades